quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Slides com graficos




















Drogas X Música

Por: Felipe Calza

As drogas e a música, principalmente o reggae e o rock, sempre caminharam lado a lado. O reggae até hoje tem uma ligação muito forte com as drogas. Bob Marley, o rei do gênero, era um consumidor ativo de maconha e talvez por isso a ligação entre o reggae e as ervas ainda se dê de forma tão íntima. O rock também era um gênero musical muito mal visto na época em que surgiu. Era sempre associado a garotos rebeldes que não queriam nada da vida além de ficar tocando guitarra e se drogando. Infelizmente temos que concordar que as drogas, sejam elas álcool, maconha, cocaína, heroína ou as tantas outras existem, já levaram grandes nomes da música. Esse mal desenvolvido pelo próprio homem acabou com a genialidade de pessoas que poderiam dar ainda maiores contribuições para a humanidade se não tivessem abusado das drogas.

Filho de um jardineiro, ele foi o primeiro negro a se tornar superstar. Aos 14 anos ganhou uma guitarra e fez aquele instrumento de seis cordas ganhar uma nova vida em suas mãos. Até 1967 era apenas um desconhecido, mas depois de se apresentar no Monterey International Pop Festival, Jimi Hendrix aparecia ao mundo para mostrar toda sua genialidade. Canhoto, com movimentos rápidos, Jimi revolucionou a arte de tocar guitarra e é considerado até hoje o melhor guitarrista de todos os tempos. Mas as drogas o levaram cedo. No dia 18 de setembro de 1970, com 27 anos, Jimi foi encontrado morto em seu quarto de hotel. Ele havia morrido sufocado por seu próprio vômito depois de consumir altas doses de entorpecentes.

O ano de 1970 foi cruel com os gênios da música. Um pouco antes de Jimi, no dia 4 de outubro, morreu Janis Joplin que coincidentemente tinha a mesma idade de Hendrix, 27 anos. A musa o Woodstock também foi encontrada morta no quarto do Landmark Hotel em Los Angeles. A causa: overdose de heroína. No mesmo ano o mundo ficava sem Janis e Jimi.

No Brasil as coisas não foram muito diferentes. Também perdemos grandes nomes por causa das drogas.

Ela era linda, tinha uma voz que encantava até os mais críticos e invejosos. Quando Elis Regina Carvalho Costa morreu vítima de overdose ninguém conseguiu acreditar. Elis era uma pessoa que aparentava integridade total. Era educada, mas sabia ser irônica. Era simpática mas sabia descer do salto. Dizem os amigos que ela era a pessoa mas inteligente que eles haviam conhecido. Mas Elis tinha sérios problemas de depressão. Quando entrava em crise, costumava se drogar ou tomar grandes quantidades de álcool para fugir do sofrimento. Em uma dessas crises Elis misturou as duas coisas. Bebeu grandes doses de uísque e depois consumiu cocaína. O resultado foi fatal. As 11:45 da manhã do ano de 1982, na cidade de São Paulo, Elis é encontrada morta. Era uma terça-feira triste e as drogas calavam a melhor voz que o Brasil já teve. Um pouco diferente, mas nem tanto, é o caso de Raul Seixas. Assim como Elis Regina, ele foi sem dúvida um gênio da sua época e mudou toda a cena do rock nacional. O baiano de Salvador, filho de uma família de classe média e que adorava ler livros, entrou cedo na música por uma necessidade de "dizer as coisas". Junto com Paulo Coelho fez músicas que entraram para a história, como "Gita" e "Há Dez Mil Anos Atrás". Com muitos problemas pessoais, desiludido com as produtoras e as gravadoras, Raul se entrega ao álcool e acaba morrendo de pancreatite aguda no dia 21 de agosto de 1989. Dessa vez não era a maconha, a cocaína ou a heroína, o álcool foi o responsável pela morte do eterno "maluco beleza".

Esses são apenas alguns exemplos dos nomes mais conhecidos que morreram de overdose. Infelizmente essa matéria poderia ser bem maior, recheada com inúmeros outros nomes que jogaram suas vidas no lixo por causa de alguns minutos de êxtase.
Slides da apresentação